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Fisio em ortopedia

Uma entrevista completa com Leandro Fukusawa

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1min e 20s de leitura

Começar uma pós-graduação? Iniciar um mestrado? Trabalhar em algum projeto pessoal? São várias as dúvidas quando o tema é carreira. Dentro da fisioterapia, existem inúmeras oportunidades a serem exploradas, mas nem sempre são decisões fáceis. É preciso tempo, cuidado e identificação com a área escolhida. Para falar sobre esse assunto, convidamos o Leandro Fukusawa, nosso professor e  fisioterapeuta com ampla experiência clínica nas áreas de ortopedia, traumatologia e esporte. Confira!

Olá, Fukusawa! Como sempre, é um prazer conversar com você. Conta para a gente, como foi o seu processo de aprendizado na graduação? Ao finalizar esta etapa, você já sentiu a necessidade de dar mais um passo na sua carreira? 

Olá, Joice! O prazer é meu, ainda mais para falar sobre um assunto tão importante para inúmeras pessoas, certo? Essa é uma fase de muitas dúvidas e inseguranças, espero conseguir ajudar com algumas dicas. 

Bom, falando de forma bem particular, no começo da graduação, a gente acaba estudando mais para as provas e acaba tendo um menor entendimento da aplicação prática. 

No meu caso, ter uma oportunidade de estágio durante o processo foi o que fez uma grande mudança na minha carreira, meu deu esse insight de entender a necessidade e aplicabilidade do que eu estava estudando. Isso aconteceu, aproximadamente, no quinto semestre ou sexto semestre. Então, eu já trabalhava em um lugar em que as pessoas logo depois faziam uma especialização, então eu já tive uma cultura de fazer algo a mais depois.

Já tinha essa intenção direta, mas, com certeza, pela faculdade eu senti dificuldade de ingressar diretamente no mercado, e se não fosse essa grande mudança de chave por meio do estágio, com certeza seria muito mais difícil eu dar esse próximo passo e já me direcionar para uma especialização.

Muito se fala sobre autoconhecimento e sobre o que você deseja ser profissionalmente falando. O que é importante ter em mente para iniciar um novo desafio?

Uma das primeiras coisas é eliminar o que você não quer. Quando você faz isso, você literalmente consegue diminuir a quantidade de escolhas, mas isso não é deixar de estar aberto para tentar experimentar alguma situação nova, importante lembrar.

A parte mais importante, em relação a experimentar, é entender que, na graduação, a gente ainda não entende o que é um mercado e o que o fisioterapeuta pode fazer, todo o conhecimento técnico que a gente tem ainda não é suficiente. 

Então, a gente precisa de desafios e situações e contextos que façam extrair a gente habilidades técnicas e  habilidades também sociais. Também foi por isso que a gente criou o módulo zero na pós-graduação do Portal Fisio em Ortopedia.

No quesito pós-graduação Lato Sensu, você acredita que seja um caminho interessante para qual perfil de fisioterapeuta?

Na minha opinião, para todos! A gente entende que, por questões de sistema, de como tudo está elaborado, a graduação tem um tempo muito limitado para se dedicar e fazer um trabalho bacana dentro da faculdade. 

É muito difícil você ter uma boa formação sem uma pós-graduação Lato Sensu. Hoje se torna essencial dar esse passo, principalmente pela entrega de qualidade, corpo docente, estudar situações e cenários, e por aí vai. 

Quais conselhos você daria para quem está nesse momento de “dar o próximo passo”? 

Essa é uma pergunta bem pessoal, mas eu diria assim: primeiro é preciso entender o seu cenário e as suas necessidades básicas. A gente dificilmente vai conseguir empreender de forma imediata, ou abrir um negócio logo de cara, mas eu acredito que é preciso entender qual é a sua necessidade básica para conseguir usar ou o tempo para estar em lugares que te acrescentam cognitivamente e profissionalmente.

Para fechar, como você imagina o futuro da fisioterapia? Que tipo de fisioterapeuta estamos falando?

Olha, eu acredito que a fisioterapia tá nesse leque, né? Nessa ambivalência. Vamos pensar assim, por mais que o processo da graduação esteja cada vez mais difícil, eu acredito que, ao mesmo tempo, o fisioterapeuta está tendo mais oportunidades e mais chances de entender o que é fisioterapia e como ela é essencial para os pacientes. 

Então, a gente está falando de fisioterapeutas mais autônomos, que estão mais em espaços de liderança. Nesse sentido, eu acho que ganhar essa confiança para você conseguir estar no mercado é essencial.

Existem realidades diferentes dentro do país. Por isso, como sempre falo, é fundamental você conseguir conquistar essa confiança dentro da região que você vive, isso envolve muito mais do que seu conhecimento técnico.

Uma das coisas que o fisioterapeuta precisa aprender mais é ter esse senso de comunidade, classe, não de uma forma muito romantizada, mas de uma forma que, cada vez mais, as pessoas entendam que elas precisam uma das outras para crescer dentro da própria profissão. 

De uma forma geral, eu acredito que estamos falando de fisioterapeutas que vão ter responsabilidades cada vez maiores. Isso envolve desde habilidades técnicas como habilidades sociais, o gerenciamento de organização e de habilidades diferenciadas.


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